quinta-feira, 11 de junho de 2015

Genética

Resolução CFBm nº 78, de 29 de abril de 2002. 
A Genética Clássica consiste nas técnicas e métodos da genética, anteriores ao advento da biologia molecular. Após a descoberta do código genético e de ferramentas de clonagem utilizando enzimas de restrição, os temas abertos à investigação científica em Genética sofreram um aumento considerável. Algumas ideias da Genética Clássica foram abandonadas ou modificadas devido ao aumento do conhecimento trazido por descobertas de índole molecular, embora algumas ideias ainda permaneçam intactas, como a hereditariedade mendeliana. O estudo dos padrões de hereditariedade continua a ser um método muito útil no estudo de doenças genéticas, como a Neurofibromatose.
A Genética Molecular tem as suas fundações na Genética Clássica, mas dá um enfoque maior à estrutura e função dos genes no nível molecular. A Genética Molecular emprega os métodos quer da Genética Clássica (como a hibridação), quer da Biologia Molecular. É assim chamada para se poder distinguir de outros ramos da Genética, como a Ecologia Genética e a Genética Populacional. Uma de suas aplicações consiste no estudo da mutação e variação de cepas de bactérias. Uma área importante dentro da Genética Molecular é aquela que usa a informação molecular para determinar os padrões de descendência e daí avaliar a correta classificação científica dos organismos (chamada sistemática molecular).
Ao estudo das características herdadas e que não estão estritamente associadas a mudanças na sequência do DNA dá-se o nome de epigenética.
Alguns autores defendem que a vida pode ser definida, em termos moleculares, como o conjunto de estratégias que os polinucleótidos de RNA usaram e continuam a usar para perpetuar a eles próprios. Esta definição baseia-se em trabalho dirigido para conhecer a origem da vida, estando associada à hipótese do RNA.
Compete ao biomédico:
• coordenar e participar de pesquisas científicas em todos os campos da genética;
• realizar e analisar exames cromossômicos e de DNA para o diagnóstico citogenético e molecular;
• realizar e analisar testes de paternidade e identificação de perfil molecular na perícia criminal;
• ser responsável técnico, elaborando e assinando laudos laboratoriais na referida área;
• ser consultor, transmitindo os resultados dos exames laboratoriais a profissional da saúde;
• coordenar e atender a pacientes e familiares em programas de aconselhamento genético;
• realizar exames de citogenética humana e genética humana molecular (DNA), realizando as culturas, preparações citológicas e análises;
• assumir a responsabilidade técnica, elaborando e firmando os respectivos laudos e transmitindo os resultados dos exames laboratoriais a outros profissionais, como consultor, ou diretamente aos pacientes, como aconselhador genético;
• identificar perfil molecular na perícia criminal;
• pesquisar as leis e os processos de transmissão de caracteres hereditários e o papel dos genes na definição das características de um ser;
• participar de pesquisas em todas as áreas da Genética, como coordenador ou membro da equipe; realizar exames de Citogenética Humana e Genética Humana Molecular (DNA), realizando as culturas, preparações citológicas e análises.
Fonte: Conselho Regional de Biomedicina - 1ª Região

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